A Doutrina Espírita, ao investigar a natureza da vida, da morte e do destino do espírito imortal, oferece uma abordagem singular sobre o suicídio, distanciando-se tanto da condenação perpétua quanto da indiferênca.
O suicídio, no contexto espírita, não é analisado como um pecado imperdoável que conduz automaticamente a tormentos eternos, mas tampouco é visto como uma simples saída ou solução aceitável diante das dificuldades da existência. Ao contrário, o Espiritismo convida à reflexão sobre as causas, as consequências e o significado moral e espiritual do suicídio, buscando compreendê-lo com seriedade, compaixão e responsabilidade.A Natureza da Vida e a Condição do Espírito Imortal
Para o Espiritismo, cada ser humano é um espírito imortal temporariamente encarnado em um corpo físico. A vida corporal não é um fim em si, mas uma etapa de aprendizado, de provas e expiações, destinada ao progresso moral e intelectual da alma. A existência terrena, com suas alegrias, tristezas, desafios e oportunidades, faz parte de um plano maior, no qual o espírito desenvolve virtudes, corrige imperfeições e adquire experiências fundamentais para seu aperfeiçoamento.
Nessa perspectiva, a vida não pertence ao indivíduo, mas é um empréstimo divino, um recurso educativo oferecido ao espírito para que cresça. Interromper esse processo voluntariamente, por meio do suicídio, significa recusar a lição, abortar o curso, fugir da prova. Embora compreenda-se a dor, o desespero e as circunstâncias que podem levar alguém ao suicídio, o Espiritismo alerta que tal ato não resolve problemas, apenas os transfere para outra dimensão, muitas vezes de forma agravada.
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